A cúpula octogonal
Oficial carpinteiro: Manuel da Costa Cardoso, 1788. Pintor: Manuel da Costa, 1797. O engenheiro militar de Sua Majestade, João da Costa Ferreira, Irmão da Ordem, responsável pelo calçamento da “Calçada do Lorena”, providenciou em 1799 a substituição da armação de madeira já corroída, liberando duas aberturas, de vidro, sem pintura, para iluminação natural. Houve intervenção entre 1968/1969, confiada ao “Sr. Paim, renomado pintor, (que) prometeu servir-se das pinturas anteriores, embora se encontrassem deterioradas” (Atas de 20 de abril de 1968 e de 18 de janeiro de 1969, Livro de Atas n} 13, 1965-1969, p. 192 e 199(. As indicações parecem suficientes para creditar a autoria do restauro ao pintor Antônio Vieira Paim (1895-1988), artista filiado ao movimento modernista, corrente nativista, que executou a pintura do teto da Capela-Mor e a decoração dos interiores da Igreja Nossa Senhora do Brasil.
Na cúpula octogonal existem sete pinturas em óleo sobre tela de linho. Seis delas em trapézio, medindo 3,50 x 2,80 x 0,60 m, área 5,64 m², contendo elementos identificadores da Ordem em tarjas e respectivos símbolos em meio a resplendor sendo rodeados por variadas formas de anjos brancos, negros e pardos. De um lado: Os Votos (Símbolo: Palma e Lírios); A Santíssima Trindade (Triângulo com tetragrama sagrado); As Regras (Livro escrito com marcador em forma de Cruz latina). De outro lado: Os Estigmas (Emblema das Cinco Chagas); Virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade – Símbolo: Âncora, Cruz, Coração): O Hábito (Cordão com três nós, coroado por nove estrelas). O conjunto é arrematado por sétima pintura em globo central (área 3,47 m²): Entre uma profusão angélica, o emblema da Família Franciscana: o braço desnudo de Jesus e o braço vestido de São Francisco entrecruzam-se sob uma Cruz latina ao centro.
Medidas: estudo da Irmã Wilma Saraiva Satto
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