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Missa encerra Ano jubilar do nascimento de São Luís em SP



Moacir Beggo

São Paulo (SP) – A restaurada igreja de São Francisco das Chagas no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, recebeu os irmãos e irmãs da Ordem Franciscana Secular para celebrar, neste dia 25 de agosto, o seu Padroeiro: São Luís de França. O Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição, Frei Fidêncio Vanboemmel, presidiu a solene Celebração Eucarística, às 19 horas, que encerrou o Ano Jubilar do 8º centenário de nascimento de São Luís, tendo como concelebrantes Frei Alvaci Mendes da Luz e Frei Diego Melo.

Um grupo de crianças, vestidas de anjos, carregaram em procissão uma bandeira com a palavra “Paz”, uma iniciativa da Fraternidade da OFS das Chagas em sintonia com o Ano da Paz.

Frei Fidêncio confessou no início da celebração que tomou como base de sua reflexão o artigo de Frei Sandro da Costa, professor de História da Igreja, que está em destaque no site da Província. “São tantos aspectos da vida de São Luís que nós poderíamos realçar nesta noite mas eu gostaria de retomar, a partir do Evangelho que nós acabamos de ouvir, a pergunta que alguém fez a Jesus: o que eu posso fazer para alcançar a vida eterna? É a pergunta que cada ser humano deveria se fazer e certamente é a pergunta que Luís, rei da França, fez também a Jesus: o que eu posso, enquanto rei, fazer para alcançar a vida eterna?”, disse Frei Fidêncio.


Segundo o Ministro Provincial, quando Luís assumiu o reinado era ainda muito jovem. “Era o ano de 1226, justamente no ano da morte de São Francisco”, explicou.

“Luís ainda era criança, ainda não tinha condições para governar, mas certamente na medida em que ele foi crescendo, conheceu os frades menores que chegaram para evangelizar na França, na Inglaterra e em outros lugares da Europa. E certamente essa mensagem franciscana que os irmãos menores viviam e transmitiam tocou a alma, o coração de São Luís. Por isso, ele governa, luta, vai para as guerras, para as cruzadas, para defender acima de tudo o cristianismo. Batalha pela causa do reino de Deus. Tinha tudo para viver numa comodidade, mas optou pela pobreza, pela simplicidade. Há relatos muito bonitos que ele, quando estava com os frades, preferia sentar-se ao chão do que na cadeira oferecida pelos frades a ele”, recordou o Ministro.


Segundo Frei Fidêncio, a mesma resposta que Jesus deu ao jovem que perguntou o que “deveria fazer para alcançar a vida eterna” é a resposta que dá a cada um de nós e deu a São Luís: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento.

“Luís de França entendeu o que significa seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, como podemos ver no testamento a seu filho”, observou, perguntado: Por que eu me torno franciscano? “Nós nos tornamos franciscanos para amar a Deus do jeito que São Francisco amou a Deus, do jeito que São Luís O amou”, respondeu. Segundo o Ministro Provincial, amar a Deus é também amar ao próximo, como fez São Luís.

“A nossa vida franciscana também significa uma vida penitencial: amar a Deus, amar ao próximo, sempre vivendo uma vida de penitentes. E penitentes aqui não significa castigo, mas significa se colocar na fidelidade e escuta do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O penitente evita o pecado. O penitente busca uma vida em consonância com o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”, acrescentou Frei Fidêncio.

“O penitente, diz o Rei São Luís, é uma pessoa que se confessa. E confessar não significa contar os pecados ao padre, mas se reconhecer como pecador, assim como o Papa Francisco que, tantas vezes, fala: ‘rezem por mim porque sou um pecador’. Nós precisamos produzir frutos de penitência. O que significa isso? São Luís lembra para ser caridoso com os pobres, socorrer os mais necessitados, evitar abusos de poder e ser amigo da oração. E o franciscano que não reza não é franciscano. Viver uma vida penitencial é render graças a Deus. Louvar a Deus como São Francisco louvava a Deus”, completou Frei Fidêncio.

Ao final da celebração, Frei Fidêncio abençoou as medalhas de São Luís comemorativas a este evento e os irmãos terminaram a festa com uma confraternização.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br


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