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É hora de consertar as redes – Liturgia dominical


Frei Gustavo Medella

“Estavam na barca, consertando as redes”. Bom pescadores que eram, Tiago e João, filhos de Zebedeu, sabiam que consertar as redes e deixá-las em ordem era requisito básico de uma pesca eficiente e fecunda. Com frequência precisavam parar o ofício para fazer a revisão e os consertos necessários em seu instrumento de trabalho. Recebem o chamado de Jesus para serem “pescadores de homens”. Trocam a finalidade, mas não o ofício. Continuam a pescar. Certamente o conhecimento adquirido na atividade original serviu-lhes como orientação para este novo modo de pescar. Era preciso sempre cuidar com zelo e carinho das redes.

O empenho dos apóstolos continua a servir de norte para a Igreja até os dias de hoje. Todo o esforço do Papa Francisco na condução da Igreja tem sido na direção de consertar as redes a fim de que a “Barca de Cristo”, comandada por Pedro, siga em frente com sua missão de pescar os corações humanos para a prática do Evangelho. Os pronunciamentos do Santo Padre ao insistir numa Igreja em Saída, que se coloque a serviço da humanidade, assim como os documentos por ele emitidos (Evangelii Gaudium, Laudato Si’, Amores Letitiae etc) têm sido um constante apelo à Igreja, compreendida como a grande família dos batizados e batizadas, a sair de si para ir ao encontro do mundo, numa postura de diálogo, acolhida e serviço.

Ao agir desta maneira, o Papa vem demonstrar que cada cristão deve ser um “reparador de redes”, especialmente daquelas que tecem a complexa trama do relacionamento humano. Desde as famílias, passando pelos ambientes de trabalho e também nos lugares de grande circulação de pessoas, como praças, avenidas, estações de transporte, inclusive nas redes sociais, em todos estes ambientes sempre existem fios e tramas que precisam ser refeitos. Com calma, perseverança e fé, muitos emaranhados repletos de ódio, desconfiança, corrupção e violência devem ser desfeitos com a habilidade de quem acredita no poder de cura e regeneração presente no amor que Deus oferece gratuitamente a todos os que O buscam.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br

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