30
de junho
BEM-AVENTURADO RAIMUNDO LÚLIO,
MARTIR, DA ORDEM III FRANCISCANA
Na
Liturgia das Horas do dia 30 de junho. Encontramos, no Ofício das Leituras, um
texto sobre a vida do Bem-aventurado Raimundo, escrito pela escritora
contemporânea: Analecta Bollandiana, vol. 48, p. 130-178.
Raimundo, cognominado Lúlio, nasceu de
pais nobres em Palma, ilha principal das Baleares, e na adolescência foi pajem
à mesa real no palácio dos reis. Já conhecedor da vaidade do mundo, renunciou a
tudo o que é terreno, e de então em diante só cuidou da salvação das almas e da
propagação do reino de Jesus Cristo, vencendo a seita maometana. No intuito de
consegui-lo mais facilmente, abriu na terra natal um colégio, onde os Frades Menores
fossem instruídos em várias línguas, especialmente no árabe, e pregassem aos
infiéis o Evangelho de Cristo. Tendo levado a termo a obra encetada, Raimundo
partiu para a solidão.
Subiu o Monte Randa para levar vida
solitária, entregue à mortificação corporal e à contemplação das coisas
divinas.; pedia a Deus, com insistência e humildade, sabedoria para realizar a
obra planejada. Por nove anos, permaneceu com constância nesse gênero de vida e
Deus iluminou-lhe a mente de maneira tão admirável que, de homem quase
ignorante que era, passou a falar com eloquência das coisas divinas e das
disciplinas mais arcanas, causando admiração a todos.
Em seguida, por quarenta anos,
peregrinou para defender a causa de Jesus Cristo. De fato, foi a Roma, Avinhão,
Paris, Viena, Pisa e outros lugares, onde de Honório IV, de Clemente V, e do
próprio Concílio de Viena, obteve licença para erigir seminários, dos quais
saíram homens sensatos e cultos a disseminarem entre os povos a fé católica.
Finalmente, estabeleceu-se no Porto de Bugia
na África, onde, enquanto proclamava que Jesus Cristo é verdadeiro Deus, foi
lançado em horrível cárcere para ser morto no meio dos maiores suplícios. Mas,
libertado pelos rogos de negociantes, voltou para a pátria, lastimando ter-lhe
sido arrebatada a melhor das sortes. Oferecendo-se-lhe nova oportunidade, voltou
a Bugia; mas logo reconhecido e lançado para fora da cidade, foi apedrejado e
abandonado. Alguns marinheiros que aportavam ali, levaram-no meio morto para o
navio, onde exalou o último suspiro.
Dessa forma, podemos afirmar sobre a sua
vida e o seu testemunho, que: Feliz o homem que suporta a provação com paciência,
pois depois de ser provado alcançará a coroa da vida.
Oração
Ô
Deus, que distinguistes o mártirBem-aventurado Raimundo com zelo pela
propagação da fé,concedei-nos, por sua intercessão, manter firme até a morte a
graça da fé que de vós recebemos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
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