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Mostrando postagens de setembro, 2018

Jornada Franciscana 2018

Irmãs e Irmãos, paz e bem! A Jornada Franciscana nesse ano teve o tema: Laicato - Sal da terra e Luz no mundo, e lema: Como ser sabor e luminosidade neste mundo. Momento único de formação, animação e interação da Família Franciscana de São Paulo. Estavam presentes 10 irmãos da fraternidade. SER IRMÃOS E IRMÃS NA SABEDORIA E NA LUZ “Entre as famílias espirituais, suscitadas pelo Espírito Santo na Igreja, a Família Franciscana reúne todos aqueles membros do Povo de Deus, leigos, religiosos e sacerdotes, que se sentem chamados ao seguimento do Cristo, à maneira de São Francisco de Assis” (Regra da OFS, Capítulo I,1) A palavra LEIGO foi criada pela concepção eclesiástica para diferenciar de CLÉRIGO. No mundo medieval, clericus era aquele que tinha o privilégio de ser letrado e ter algum acesso ao conhecimento. O leigo era o que ficava fora do conhecimento dado aos nobres, monges e sacerdotes. A força do Franciscanismo surgente resgata a com

Conheça Veronica Antal, a nova beata franciscana

São Paulo (SP) - No último dia 22/9, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, beatificou Veronica Antal, jovem romena assassinada em 1958. Ela participava de uma paróquia dos Franciscanos Conventuais e pertencia a Ordem Franciscana Secular. Verônica Antal nasceu em 7 de dezembro de 1935, no vilarejo de Nisiporeşti e faleceu em 24 de agosto de 1958. Era professa na Ordem Franciscana Secular e membro da Milícia da Imaculada em seu país, Romênia. Antal era conhecida por sua fé forte e seu amor pela Mãe de Deus. Por muito tempo, ela desejou ingressar na vida religiosa como monja, mas decidiu ser franciscana secular depois que o regime comunista suprimiu conventos e monastérios na Romênia. Em mensagem divulgada no começo de setembro, Frei Marco Tasca, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores Conventuais, recordou que a jovem tem uma importância grande para a Ordem. “Esta beatificação é ainda mais bela porque foi criada na fé pelos nossos frade

Visita Monitorada

Convite Tarde de Prêmios

Convite Missa Nordestina

Francisco, para onde queres nos levar?

Amigo de todas as criaturas e de toda a criação, Francisco espalhou tanta solicitude, compreensão fraternal a todos, caridade no sentido mais elevado, quer dizer, amor, que a história como que lhe deu em troca a mesma simpatia e admiração afetuosa e geral. Todos os que falaram dele ou sobre ele escreveram – católicos, protestantes, não cristãos, incrédulos – foram tocados e frequentemente fascinados por seu encanto.  (Jacques Le Goff) • O cardeal argentino Jorge Bergoglio ao aceder ao serviço de pastor da Igreja universal, escolheu ser chamado de Francisco, Papa Francisco. Ele mesmo explica as razões de sua escolha. Antes de começar a escrever o texto da sua Carta encíclica sobre o cuidado da casa comum, Laudato Si’, afirma: “Tomei o nome de Francisco por guia e inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma. Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeir

Impressão das Chagas de São Francisco: Uma relíquia viva descia da montanha

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM Desde a infância muitos de nós fomos aprendendo a gostar desse Francisco. Francisco das coisas pequenas, simples,  irmão do sol, das estrelas, da água, do leproso e de frei Leão, Francisco, cheio de carinho para com o Menino das Palhas e o Jesus bondoso e pobre que morre na cruz, esse Jesus que é o amor que precisa ser amado. São Boaventura escreve: “Francisco, servo verdadeiramente fiel e ministro de Cristo, dois anos antes de devolver o espírito ao céu, como tivesse começado num lugar alto, à parte que se chama Monte Alverne e, um jejum quaresmal em honra do Arcanjo São Miguel, inundado mais profusamente pela suavidade da contemplação do alto e abrasado pela chama mais ardente dos desejos celestes, começou a sentir mais copiosamente os dons da ação do alto. Então, enquanto se elevava a Deus pelos seráficos ardores e o afeto se transformava em compassiva ternura para com aquele que por caridade excessiva quis ser crucificado, numa manhã, pela fest

Impressão das Chagas de São Francisco: Os estigmas de Francisco e os nossos

Ainda que em nós não foram impressos os estigmas do crucificado de modo visível, cada um tem suas feridas que podem salvar, que podem tornar-se fonte de salvação para si e para os outros. A cada um que se deixa ferir em nome de Cristo e que leva em si a sua cruz, Francisco repete o que disse a Leão: também tu estás marcado com a cruz de Cristo e por isso és abençoado. És um possuído de Deus e estás sob a proteção dele. Leonhard Lehmann – Francisco, mestre de oração Fonte:  http://franciscanos.org.br/

Impressão das Chagas de São Francisco: O sentido e o significado das Chagas

Frei Régis G. Ribeiro Daher Mais do que desvendar o caráter histórico das Chagas de São Francisco, importa refletir sobre a experiência de vida que se esconde sobre este fato. O que significa a expressão de Celano “levava a cruz enraizada em seu coração”? O que isso significou para o próprio Francisco? Há um significado para nós hoje, naquilo que com ele ocorreu? Um erro comum é o de ver São Francisco como uma figura acabada, pronta, sem olhar para a caminhada que ele fez até chegar à semelhança perfeita (configuração) com o Cristo. O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em “seguir as pegadas de Jesus Cristo”. Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença. O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano

Impressão das Chagas de São Francisco: Que milagre é este?

Frei Hipólito Martendal Há vários santos entre os católicos que apareceram portando estigmas, semelhantes às chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ultimamente parece que tivemos até um caso raro de um homem de Deus trazer por certo tempo as chagas e depois elas virem a desaparecer. Dizem que isto teria acontecido com o capuchinho de nossos dias, o Pe. Pio, agora São Pio. Por outro lado, estamos por demais acostumados com a idéia de milagres como eventos extraordinários, operados instantaneamente, ou pelo menos, em tempo relativamente breve, onde as coisas acontecem de tal maneira que só podem ser atribuídas a alguma intervenção divina. De minha parte, acredito que verdadeiros milagres podem ocorrer sem todos estes atributos considerados seus sinais inconfundíveis. Posso imaginar verdadeiros milagres sendo gerados aos poucos, lentamente, com recurso às forças naturais, mas que nunca poderiam acontecer somente apela atuação destas forças. No caso de São Francisco, por exemplo, as

Impressão das Chagas de São Francisco

Neste dia 17 de setembro, a Família Franciscana celebra, em todo o mundo, a festa da Impressão das Chagas, também chamada de Estigmas de São Francisco de Assis. A introdução litúrgica da Missa e Liturgia das Horas diz o seguinte: “O Seráfico Pai Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou-se de uma maneira toda especial à devoção e veneração do Cristo crucificado, devoção que até a morte ele inculcava a todos por palavras e exemplo. Quando, em 1224, Francisco se abismava em profunda contemplação no Monte Alverne, por um admirável e estupendo prodígio, o Senhor Jesus imprimiu-lhe no corpo as chagas de sua paixão. O Papa Bento XI concedeu à Ordem dos Frades Menores que todos os anos, neste dia, celebrasse, no grau de festa, a memória de tão memorável prodígio, comprovado pelos mais fidedignos testemunhos.” A vida de Francisco no Alverne é oração e ininterrupta  penitência. Sente-se pobre e pecador. Quer despojar-se de tudo. Renuncia até mesmo a um manto que tinha sido salvo d

Francisco no cume da perfeição do Evangelho

Caríssimos irmãos e irmãs, Que o Senhor vos dê a paz e todo o bem! A Família Franciscana, neste mês de setembro, volta o seu olhar ao Monte Alverne, também conhecido por “Calvário Franciscano”, lugar geográfico e espiritual onde o Seráfico Pai São Francisco, “dois anos antes de sua morte” (1Cel 94), após intenso itinerário na busca da conformidade com Cristo, chegou “ao cume da perfeição do Evangelho” (LM 13,10), quando foram impressas “em suas mãos e pés os sinais dos cravos, iguais em tudo ao que antes havia visto na imagem do serafim crucificado” (LM 13,3). Sabemos o quanto o mistério da Cruz foi decisivo e marcou a totalidade da vida de São Francisco de Assis. A emblemática cruz do sonho de Espoleto (LM 1,3), que no Crucificado de São Damião (2Cel 10; LTC 13; LM 1,5) adquire um rosto definido, transforma-se em mandato da Palavra do Senhor após compreender o Evangelho na igreja da Porciúncula (1Cel 22). Por isso, a Estigmatização de São Francisco de Assis no Monte Alverne

O Evangelho como ponto de partida

Por Frei Atílio Abati Francisco parte do Evangelho, para reconstruir a vida, e parte da vida, para confrontar-se com o Evangelho. Esta opção e escolha não seria apenas viver o Evangelho, acolhê-lo em sua vida, mas também anunciá-lo ao seus irmãos. Novamente, em seu Testamento, Francisco escreve: “E depois que o Senhor me deu irmãos, o Senhor mesmo me revelou que eu devia viver segundo a forma do Santo Evangelho” (Test 4,14). Francisco tinha clareza quanto à sua missão: o primeiro movimento é acolher a palavra de Deus, embeber-se dela, aprofundá-la na vida, confrontar-se com ela, para ser luz no caminhar e vigor no viver. E depois, levá-la e transmiti-la ao povo de Deus. E assim, seu dinamismo missionário impele-o a ir ao encontro de todos os homens. Diante do envio e da missão, ele sente a paixão que tem pelo anúncio da Boa Nova. Ele sente a vocação missionária a que Deus o chamou e sente-se feliz e realizado em ser o bom samaritano a difundir esta mensagem, não só aos l

O profeta e o seu Evangelho

Por N.G. Van Doornik Francisco teve com o Evangelho uma intimidade difícil de se compreender. Amava o Evangelho, mas ele não teria sido Francisco, se seu amor não tivesse desejado possuir o próprio livro. A magnífica Bíblia da Idade Média, com os maravilhosos textos desenhados em elegantes letras, tinha para ele algo de sagrado. Já foi, de per si, um rito religioso, quando ele, com seus dois companheiros, entrou na pequena igreja de São Nicolau e lá abriu o livro sobre o altar. Manifesta-se aqui uma forma de respeito que, em nosso tempo, impregnado de obras tipográficas, se tomou impossível: o respeito pela palavra manuscrita. Com isso, adquirem um sentido mais profundo certas ações aparentemente mágicas. Nas cartas que ditava, não permitia Francisco que se riscasse uma letra, mesmo que fosse um erro de ortografia. Recolhia com o mesmo respeito qualquer pedacinho de pergaminho que encontrava no chão. Perguntaram-lhe, certa vez, por que tinha tanto cuidado até mesmo com obra

Convite para Visita Monitorada

Convite para Profissão dia 16 de Setembro de 2018

Um franciscano na luta pela Independência

Frei  Sandro Roberto da Costa* Aproximando-se a data comemorativa da Independência do Brasil, é oportuno resgatar, mesmo que rapidamente, a memória de um frade franciscano que teve um papel de destaque em todo o processo que resultou na separação do Brasil de Portugal. Falamos aqui de frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio, frade da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, mais conhecido como frei Sampaio.[1] Filho de pai português e mãe brasileira, Francisco de Sampaio nasceu no Rio de Janeiro em 1778. Em 1793, aos 15 anos, recebeu o hábito franciscano, no convento Santo Antônio. Ordenado sacerdote em 1802, desde 1800 exercia o ofício de Pregador, sinal de uma precoce capacidade oratória, uma vez que os Pregadores eram escolhidos apenas entre os sacerdotes, e apenas depois de alguns anos de ordenados. Foi professor de Eloquência Sagrada e Teologia, nos Conventos de São Paulo e do Rio de Janeiro, entre 1802 e 1808. Com a chegada da família imperial ao Ri

Santa Rosa de Viterbo

Virgem da Terceira Ordem (1234-1252). Canonizada por Calixto III em 1457. Rosa viveu numa época de grandes confrontos, entre os poderes do pontificado e do imperador, somados aos conflitos civis provocados por duas famílias que disputavam o governo da cidade de Viterbo. Ela nasceu nesta cidade num dia incerto do ano de 1234. Os pais, João e Catarina, eram cristãos fervorosos. A família possuía uma boa propriedade na vizinha Santa Maria de Poggio, vivendo com conforto da agricultura. Envolta por antigas tradições e sem dados oficiais que comprovem os fatos narrados, a vida de Rosa foi breve e incomum. Como sua mãe, Catarina, trabalhava com as Irmãs Clarissas do mosteiro da cidade, Rosa recebeu a influência da espiritualidade franciscana, ainda muito pequena. Ela era uma criança carismática, possuía dons especiais e um amor incondicional ao Senhor e a Virgem Maria. Dizem que com apenas três anos de idade transformava pães em rosas e aos sete, pregava nas praças, convertendo multid