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Mostrando postagens de outubro, 2016

Uma vida no Convento São Francisco (SP)

Desde que foi transferido para o Convento São Francisco de São Paulo, para fazer os estudos de Filosofia e Teologia, em 24 de junho de 1762, Frei Galvão não deixou mais a capital paulista. Até a sua morte, em 1822, ele viveu como frade do Convento. Mesmo residindo no Recolhimento da Luz, a partir de 1819, ele não deixou de ser frade com residência no Convento dos franciscanos. Para residir no recolhimento, teve autorização dos superiores franciscanos e do Bispo. Portanto, durante 60 anos, Frei Galvão construiu uma história no Convento São Francisco. O Convento São Francisco foi uma das grandes casas de formação para religiosos e candidatos ao clero secular. Os frades que lá moravam dedicavam-se a todos os tipos de trabalhos apostólicos, como também à pregação de missões populares pelo interior da Capitania. Segundo o livro “História e Vida de Frei Galvão”, de Frei Paulo Back, durante esse tempo de estudos, em São Paulo, o jovem sacerdote Frei Antônio de Sant’Ana Galvão

Sobre as “Pílulas de Frei Galvão”

Frei Walter Hugo de Almeida As pílulas de Frei Galvão nasceram do grande amor, zelo e caridade que Frei Galvão tinha para com os doentes. Um dia, não podendo visitar um rapaz que estava com muitas dores, escreveu em um papelzinho uma invocação à Virgem Imaculada, e disse ao portador: “leve ao enfermo e diga-lhe para tomar isso com fé e devoção à Maria”. Daí aconteceu a cura. Posteriormente, fez a mesma coisa para uma senhora em perigo de morte, no parto. Ela e o filho se salvaram. Quando ele morreu, as Irmãs Concepcionistas, a quem ele orientava espiritualmente, faziam estas pílulas e as distribuíam ao povo que acorria às portas dos mosteiros. Há quase duzentos anos, existe a tradição das Pílulas Milagrosas de Frei Galvão. Que são as pílulas? Um sacramental, objeto de fé. Um sacramental liga-se profundamente à fé, ao Mistério de Jesus, Salvador. O Sacramental sempre se relaciona com Cristo, Maria ou os santos. Exemplos: uma imagem, uma medalha, o terço etc. No caso das pílu

Santo Antônio de Sant’Ana Galvão

Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, ou simplesmente Frei Galvão,  foi canonizado no dia 11 de maio de 2007, pelo Papa Bento XVI, em uma grande celebração no Campo de Marte, em São Paulo. Liturgicamente,  Santo Antônio de Sant’Ana Galvão é celebrado em 25 de outubro, a data da sua beatificação pelo saudoso Papa João Paulo II. Frei Galvão morreu em 23 de dezembro de 1822 e está sepultado no Mosteiro da Luz, em São Paulo. Contudo, este santo brasileiro, que era frade desta Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, viveu 60 anos no Convento São Francisco, no Largo São Francisco, em São Paulo. Segundo Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, ter um santo que viveu entre nós tem um significado muito especial. “Significa, antes de tudo, que os santos não são mitos inventados pela fantasia humana, nem caíram do céu, como seres superiores, que não fazem parte da nossa experiência histórica. São pessoas reais, com endereço e história pessoal, com familiares e parentes, e q

Juventude Franciscana se reúne em Bebedouro

A Juventude Franciscana (Jufra) do Estado de São Paulo se reuniu nos dias 14, 15 e 16 de outubro no Educandário Santo Antônio na cidade de Bebedouro para realização do Congresso Ordinário Avaliativo 2016. Com o tema: “A minha Juventude é Franciscana” e o lema: “Ide sem medo, para servir!”, cerca de 90 Jufristas do Estado, representantes da Ordem Franciscana Secular e membros do Secretariado Nacional da Jufra do Brasil fizeram a maravilhosa experiência de fraternidade conosco e participaram de momentos importantes para a caminhada da Jufra de São Paulo. Na noite da sexta-feira começaram a chegar as primeiras fraternidades, e assim se seguiu durante toda a noite. Na manhã do sábado, após a oração e o café, a cerimônia de abertura compôs a Mesa do Congresso, e, em seguida, a jovem Ana Carolina, ex-jufrista pertencente a OFS de São João Del Rei, refletiu sobre o tema e lema do congresso, de maneira muito clara e interativa com os irmãos e irmãs presentes. Em seguida, iniciamos

Homenagem ao dia do Professor!

Consagração a Nossa Senhora Aparecida

Oração Ó Maria Santíssima, que em vossa imagem querida de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios da vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a língua para que sempre vos louve e propague vossa devoção; consagro-vos o coração para que depois de Deus vos ame sobre todas as coisas. Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas, acolhei-nos debaixo de vossa proteção; socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e temporais, e sobretudo na hora de nossa morte. Abençoai-nos, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e render-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja. Fonte:  http://www.franciscan

Senhora Nossa da Conceição Aparecida

Seis décadas depois de criada a Vila de Guaratinguetá, um certo capitão José Correia Leite, adquiriu terras em Tetequeras, nas margens do Rio Paraíba do Sul, cerca,de três léguas abaixo de Pindamonhangaba. O Porto existente em sua fazenda, ficou então conhecido pelo nome de Porto José Correia Leite (atual Porto Itaguaçú). Em dezembro de 1716, o rei D. João V, nomeou D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conhecido como Conde de Assumar, para governar como Capitão General a Capitania de São Paulo e Minas Gerais, que pouco depois seria desmembrada em duas, por sugestão dele mesmo. Foi homem importante, viria a ser mais tarde vice-rei da Índia. Embarcou no Rio de Janeiro para Angra dos Reis, Parati e Santos, daí galgou a Serra do Mar e foi a São Paulo, onde tomou posse em 04 de setembro de 1717. Pouco depois seguiu para Minas Gerais, pela chamada estrada real, hospedando-se com toda sua comitiva em Guaratinguetá de 17 a 30 de outubro, à espera de suas bagagens que deixara

Santuário Nacional abre ano jubilar em comemoração aos 300 anos da imagem de Aparecida

Na próxima quarta-feira, 12 de outubro, o país comemora a fé do povo em Nossa Senhora Aparecida. Neste ano as festividades tem caráter especial, pois será aberto o ano Jubilar das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem da Padroeira do Brasil . Na reportagem de Felipe Melo o cardeal arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis destacou a importância do mês de outubro e da abertura do Ano Mariano para o povo brasileiro. “O Ano Mariano como também o Jubileu dos 300 anos , nós queremos que realmente sejam oportunidades e também compromisso de cumprir aquela palavra que Ela disse: Fazei tudo o que Ele vos disser”, colocou. ::“Ano Mariano é para celebrar, comemorar e reaprender com Nossa Senhora”, afirma CNBB:: O repórter conversou também com o padre João Batista de Almeida, reitor do Santuário de Aparecida que falou sobre a liturgia e os ensinamentos da novena da Padroeira nesse ano de 2016, salientando que o enfoque foi nas devoções Marianas e na oração da Salve Rainha.

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

O Cântico das Criaturas

Quase moribundo, compôs São Francisco o Cântico das criaturas. Até ao fim da vida queria ver o mundo inteiro num estado de exaltação e louvor a Deus. No outono de 1225, enfraquecido pelos estigmas e enfermidades, ele se retirou para São Damião. Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos, deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a criação. A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em julho de 1226, no palácio episcopal de Assis, para pôr fim a uma desavença entre o bispo e o prefeito da cidade. Estes poucos versos bastaram para impedir a guerra civil. A última estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de outubro de 1226. A oração do santo diante do crucifixo de São Damião e o Cântico do Sol são as únicas obras de São Francisco escritas em italiano antigo e, por isso, são dos mais importantes documentos literários da linguagem popular. Foi nesta língua que ele certamente ditou a maioria de seus

A saudação de Paz e Bem

A saudação franciscana de “Paz e Bem” tem sua origem na descoberta e na vocação do envio dos discípulos, que São Francisco descobriu no Evangelho e, que ele colocou na Regra dos Frades Menores – “o modo de ir pelo mundo”. Lucas (10,5) fala na saudação “A paz esteja nesta casa”, e Francisco acrescenta que a saudação deve ser dada a todas as pessoas que os frades encontrarem pelo caminho: “O Senhor vos dê a paz”. No seu Testamento, Francisco revela que recebeu do Senhor mesmo esta saudação. Portanto, ela faz parte de sua inspiração original de vida: anunciar a paz. Muito antes de São Francisco, o Mestre Rufino (bispo de Assis, na época em que Francisco nasceu), já escrevera um tratado, “De Bono Pacis” – “O Bem da paz” e, que certamente deve ter influenciado a mística da paz na região de Assis. Haviam, então, diferentes formas de saudação da paz, entre elas a de “Paz e Bem”. A paz interior como fundamento da paz exterior Na Legenda dos três companheiros (58), São Francisco dá pa

As três ordens

Primeira Ordem – Ordem dos Frades Menores Após a conversão, pouco a pouco, ao redor de Francisco se forma um grupo disposto a viver toda essa experiência de comunhão com o mistério de Deus que se lhe revelava. Jovens de Assis, na Itália, vão pelo mundo afora como andarilhos, mas vivendo a experiência de fraternidade. Tudo e todos passam a ser sentidos como irmãos e irmãs, pois o frade não é mais senhor de nada e de ninguém. “Essa pobreza de itinerantes e mendigos será vivida pelos frades em estreita comunhão com Cristo que não tinha uma pedra onde reclinar a cabeça e que vivia também da generosidade dos que lhe davam hospedagem…” (Leclerc). A Ordem Franciscana foi criada como uma Ordem de Irmãos, que assumiam a missão de viver e pregar o Evangelho. Não era uma Ordem Clerical (Ordem composta por sacerdotes), como outras que já existiam. O próprio Francisco não quis ser sacerdote e os primeiros frades também não tinham esse objetivo. Desde o início, porém, como mostra

Francisco de Assis, um homem feito oração

Transformado não só em orante, mas na própria oração (totus non tam orans quam oratio factus), unia a atenção e o afeto num único desejo que dirigia ao Senhor. (2Cel 95) Segundo Celano, Francisco de Assis é a personificação da oração. Dificilmente poder-se-ia ter encontrado uma fórmula mais sintética e mais verdadeira para descrever a dimensão orante de São Francisco. Todo ele se tinha transformado em oração. Ele é o homem do ininterrupto diálogo com o Senhor. Depois de sua conversão, Francisco passa a viver na atmosfera de Deus.  O Poverello percorreu um longo e maravilhoso itinerário em seu relacionamento com Deus: há os suspiros profundos de insatisfação com sua vida quando é chamado a se dirigir a novos horizontes; percorre as planícies onde estão seus irmãos os homens, mormente seus irmãos na vocação de seguimento do Senhor e da forma do santo Evangelho; há essa comunhão constante e amorosa com o Senhor Jesus; passa pela exaltação da bondade do Criador manifestada no sol e nas

O ponto de partida: o encontro com Cristo

Éloi Leclerc Francisco não nasceu “irmão universal”, mas tornou-se o “irmão universal”, a preço de uma total reviravolta. Como adolescente e como jovem, ele não era aquele homem de paz que admiramos. É claro que seus primeiros biógrafos no-lo apresentam como um ser afável, cortês, aberto aos outros. Entretanto, sob essas aparências sedutoras, ocultava-se um fundo de violência, uma vontade de conquista e de poder. Nascido em Assis, em 1181, filho de um rico negociante de tecidos, Francisco cresceu no seio de uma família que pertencia à classe emergente, gananciosa e ávida de poder. Nas comunas medievais que se libertaram da tutela feudal, os ricos burgueses, com os comerciantes à testa, pretendem gerir eles próprios seus negócios e exercer o poder. Levado por esta força social ascendente, também o jovem Francisco nutre grandes ambições. Gosta de aparecer, de brilhar como um sol, de estar acima dos outros, de fazer-se aclamar rei da juventude dourada de Assis. Com a idade, su