
Em 09 de agosto de 1776, Frei Galvão foi empossado no cargo de
comissário da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco (Hoje Ordem
Franciscana Secular).
É interessante saber que quando foi nomeado para dar Assistência
Espiritual à Ordem Terceira, Frei Galvão encontrou resistência por parte de
alguns dos irmãos da Fraternidade. O motivo dessa resistência nada teve a ver
com a pessoa de Frei Galvão.
É que os membros dessa fraternidade eram muito apegados ao Comissário
anterior, Frei Inácio do Nascimento Sales, e não conformados com a sua
transferência para a cidade de Itu, pressionaram o Padre Provincial para que
revogasse essa transferência.
Mas não foram atendidos . Ao contrário, foi lhes dado a garantia de que
o Frei Galvão que substituiria Frei Inácio seria do agrado de todos.
Aos poucos com muita atuação competente e atenciosa, foi conquistando a
simpatia da fraternidade, que lhe devotava profunda amizade e admiração.
Desenvolveu sábias medidas à respeito do patrimônio da Ordem ,
investindo em bens imóveis, que dariam sustentabilidade econômica à Ordem
Terceira.
Desenvolveu também a parte espiritual da formação dos membros da
Venerável Ordem Terceira. Sua atuação
foi tão eficiente que por diversas vezes seus superiores o nomearam para
outras tarefas, como Visitador Oficial em diversos Conventos da Província. Isso
prova a grande confiança que ele gozava na Ordem Franciscana.
Até o ano de 1779, podemos encontrar nos Livros de Atas da Venerável
Ordem Terceira as assinaturas de Frei Galvão.
Enquanto residiu no convento São Francisco, a atividade apostólica de
Frei Galvão foi muito intensa. Por mais de 55 anos, além de desempenhar os cargos que a Província lhe incumbia, era dali que partia para as suas viagens
missionárias, para cuidar e orientar as religiosas do Recolhimento da Luz,
construir os mosteiros da Luz e de Santa Clara, dar assistência à Ordem
Terceira. Para o bem da verdade, mesmo morando nos últimos anos no Mosteiro da
Luz, por problemas de saúde, durante os quase 60 anos de seu sacerdócio sempre
pertenceu ao Convento São Francisco, do Largo São Francisco.
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