Léon Robinot, ofmcap A vida de Francisco de Assis apresenta a particularidade muito evidente de nela se poderem discernir certos momentos-chave: um homem sentindo-se num ápice apanhado, arrebatado por outrem, e imediatamente desviado em direção diferente, como que sorvido por um tornado ou abrasado por um incêndio … Observemos estes arrebatamentos ocorridos sempre por ação do Espírito Santo. Francisco caminha para o Pai pelo Filho no Espírito: é a «auto-estrada» que conduz à união com Deus, e que ele aprendeu pela prática da liturgia. A sua experiência do seguimento de Jesus, aprendida durante uma vintena de anos, desabrocha na grande doxologia da Primeira Regra, capítulo 23. E essa «auto-estrada» dum filho de Deus percorreu-a sob a conduta do Espírito. Tal é a profunda convicção que pretende transmitir aos irmãos ao dizer-lhes que «devem sobretudo desejar ter o Espírito do Senhor e deixar que esse Espírito atue neles» (2R 10,8). Os seus primeiros biógrafos, e em particular S