São Francisco nutria uma grande devoção por São Miguel Arcanjo. Tanto nos escritos deixados por ele quanto nas biografias escritas após sua morte, os traços desta religiosidade estão presentes. A Exortação ao Louvor de Deus, escrita pelo próprio São Francisco em uma tábua que servia de piso do altar em seu eremitério, termina bendizendo a Santíssima Trindade e pedindo a proteção do Príncipe da Milícia Celeste com a jaculatória “São Miguel arcanjo, defendei-nos no combate!”. A antífona do Oficio da Paixão também expressa esta devoção especial: “Santa Virgem Maria… roga por nós, com São Miguel Arcanjo, e com todas as virtudes celestes e com todos os santos…”. A Festa de São Miguel era tão particular para São Francisco que, em preparação a esta data, dedicava uma “quaresma”, isto é, quarenta dias de retiro. Conta Tomás de Celano, um de seus primeiros biógrafos, que o santo “muitas vezes dizia que devemos honrar de maneira toda especial o bem-aventurado Miguel, porque é o encarregado de ...